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Este é o blog das super-mulheres, onde os super-homens são bem-vindos!
Esta tarde vi o Capitão América por insistência do Frederico, o meu "marido" (prefiro marido com aspas ao termo companheiro e namorado não me parece apropriado uma vez que vivemos juntos há mais de seis anos). Apesar de me fazer de difícil confesso que geralmente acabo por gostar deste tipo de filmes. São filmes de entretenimento e cumprem bem a sua função. Fiquei com a habitual sensação de que se exagerou nas cenas de pancadaria e explosões, mas pronto. Ao lado do protagonista, o actor Chris Evans, surge a sensual Scarlett Johansson. Que dupla! Não sei de qual dos dois me foi mais difícil tirar os olhos.
O que me chateou?
É sempre a mesma história. A bela da Scarlett Johansson aparece no papel de uma bonita, inteligente e ágil agente secreta. No entanto, o filme está cheio de clichés. A mulher independente e sedutora depressa passa a criatura indefesa a precisar de auxílio. Chateia-me, pronto! Bem sei que começam a aparecer alguns filmes e séries com mulheres no papel de protagonistas, mas são poucos. São a excepção.
Vejam a este propósito a notícia do Público sobre um estudo que revela que apenas 15% dos filmes mais vistos em 2014 tiveram mulheres protagonistas.
A criação deste espaço responde à minha necessidade de comunicar.
Ganhei-lhe o gosto com a coluna Qualquer coisa do Género que publico quinzenalmente no Público.
A minha perspectiva sobre a realidade é a de uma mulher, socióloga, especialista em questões de género e masculinidades.
O meu objectivo não é mudar o mundo, mas gostava de pôr as pessoas a pensar sobre ele. Mais concretamente, a questionarem-se sobre o que é isto de ser mulher e ser homem. Somos assim tão diferentes? Em quê? Porquê?
Ficam as promessas.